sábado, 10 de setembro de 2011

Comentário da Lição - Prof. Sikberto Renaldo Marks - Lição 12 - 3º Trim. 2011


Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2011
Tema geral do trimestre: Adoração
Estudo nº 12 – Adoração na Igreja Primitiva
Semana de 10 a 17 de setembro
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí - RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil


Verso para memorizar: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1 Cor. 13:1).

Introdução de sábado à tarde
Hoje muitas igrejas enfatizam o dom de línguas. Mas a Bíblia não dá grande ênfase a esse dom. Se lermos I Coríntios, nos capítulos 12 a 14, veremos, por exemplo, o dom da fé como mais importante que o dom de línguas. Especialmente nesses dias finais, o dom da fé é vital, pois, da sacudidura em diante, viveremos exclusivamente pela fé.
O verso básico dessa semana refere-se a ser o amor mais importante que qualquer dom, superior ao dom da fé e da esperança. Poder-se-ia dizer que, todos os dons são nada se não houver amor. De fato, qual é o sentido de qualquer qualidade humana, se as pessoas não se amam? Qual é a importância dos feitos da ciência, se as pessoas fazem a guerra porque se odeiam, e há desconfiança entre elas? Qual é o valor de um bem estudado e bem apresentado sermão, se o pregador não ama? Qual é o propósito de estudos bíblicos, se quem os dá, não ama seus mais íntimos? Qual é o resultado de uma série de conferências, se o conferencista não ama nem a sua esposa?
JESUS não veio morrer por nós através da fé, Ele veio movido pelo amor, e suportou tudo porque nos amava acima de Suas provações. O amor impediu que JESUS renunciasse a cruz, e impediu que Ele descesse dela. Porque nos amava, Ele foi até o fim.
Podemos falar as línguas dos homens ou dos anjos, podemos até fazer milagres, curar enfermos, mas se não tivermos amor para com as pessoas e para com DEUS, tudo isso será nulo, pura vaidade, sem valor prático. Sem amor somos frios, valorizamos os números, as estatísticas, os relatórios, a burocracia, os procedimentos, as promoções, os elogios. Mas tudo isso é frio e sem efeito relacional que muda os corações.
Se não soubermos falar aos corações, se não soubermos influenciar os sentimentos, se não entendermos os problemas das pessoas, se não tivermos empatia para com as dificuldades e as lutas das pessoas, tudo o que fizermos será ligado a nós, ao reconhecimento nosso e a autopromoção. Foi por essa via que satanás caiu.
Só ama quem humildemente sente como as pessoas sofrem, temem, cansam e vivem em busca, muitas vezes, nem sabem de quê. JESUS foi aquele que entendeu a humanidade, e a amou infinitamente. Antes de tudo, que esteja o nosso coração cheio de amor para dar, pois assim, tudo o que fizermos, por pequeno que seja, dará resultados amplificados porque DEUS estará nesse trabalho.




  1. Primeiro dia: Muitas provas
A mente dos discípulos, assim como de todo o povo de Judá, estava voltada inteiramente à conquista da independência pelo povo de DEUS do jugo romano. Era o que esperavam de JESUS. Os líderes judeus nem tanto, pois eram muito favorecidos pelos romanos. Era assim que esse império dominava os povos: seduzia os líderes locais a seu favor para controlar o povo.
Na véspera da morte de JESUS, no momento da última ceia, ainda os discípulos discutiam quem seria o maior no reino de JESUS, aqui na Terra, que supunham estava próximo de ser implantado. Judas imaginava ser depois honrado por ter apressado o processo de conquista da liberdade de Roma, ao entregar JESUS aos Sinédrio e romanos. Pensava que assim desencadearia o conflito entre os romanos e JESUS. O Mestre reagiria, e com o Seu poder, destruiria os romanos, e finalmente se tornaria rei. Ele, Judas, seria reconhecido como muito inteligente por ter precipitado fatos tão promissores.
Quando JESUS foi preso, ficaram perplexos. Judas ficou tão frustrado, e num misto de culpa e derrota, se enforcou, pois seu plano fora um tremendo fracasso. Os demais discípulos ficaram sem entender nada. Apenas João, com dó do Mestre, porque O amava muito, ficou ao seu lado, até à morte.
Aquele sábado, em que JESUS estava morto, foi o pior dia da vida dos apóstolos e demais discípulos. Estavam desolados, pois foi por água abaixo o sedutor plano de vencer os romanos. Quer dizer, o Mestre falhou; não era assim tão poderoso. Parecia ser mais forte do que de fato foi diante dos líderes judeus e diante das autoridades romanas. Como é que aquele inteligente Mestre, aquele poderoso homem, não falou uma palavra em Seu favor, e não moveu um dedo pela Sua libertação? Totalmente submisso, deixou que O batessem, que Lhe dessem chibatadas ultrajantes, que zombassem dEle, que cuspissem nEle, que O fizessem carregar uma cruz, que O pregassem nessa cruz, entre dois ladrões. Que fracasso, principalmente quando tudo ia tão bem, na direção certa. É o que pensavam.
Todos viram em JESUS um fracassado. Até satanás deve ter pensado assim. O que ele precisava agora era segurar JESUS na tumba, para sempre.
Os líderes judeus alegravam-se entre si, finalmente livres de quem tirava deles a audiência do povo. O povo estava confuso e perplexo. A maioria dele estava até alegre, pois ao lado dos líderes, gritaram a Pilatos: crucifique-O! Mas alguns, os discípulos, os mais íntimos, que amavam a JESUS, e tinham esperança de que Ele proclamaria a libertação do país da submissão romana, esses estavam perplexos e com sentimentos de derrota, se saber nem o que pensar. O que se passava na mente deles era o que temos no relato dos dois homens que JESUS encontrou no caminho para Emaús (Lucas 24:13 a 35), no domingo à tarde, e discutiam sem entender nada, sobre a morte de JESUS na sexta-feira.
Então, por 40 dias JESUS aparecia a eles. Agora Ele era um vencedor. A vitória de JESUS não foi do tipo das que ocorrem na Terra, mas Ele permaneceu obediente à Lei de DEUS, amando as criaturas em todas as condições, desde os que também O amavam, e também aqueles que gritaram contra Ele, aqueles que O maltrataram e que zombaram dEle. Tinha que morrer fiel aos mandamentos, e foi o que fez. Durante esses 40 dias tornou-Se convincente aos Seus bons amigos, pois tudo o que prometera aconteceu. Havia dito que ressuscitaria ao terceiro dia, e assim foi.
Mas ainda havia uma poderosa obsessão na mente deles: proclamar a libertação do povo de DEUS do jugo romano. Perguntaram: “será esse o tempo em que restaures o reino de Israel?” (Atos 1:6). Ainda pensavam assim, mas foi a última vez que tiveram esse pensamento. Então JESUS lhes explicou que esse não era tal tempo (v. 7) mas que receberiam poder do ESPÍRITO SANTO (a Chuva Temporã), e ensinariam as pessoas de todo o mundo, até os confins da Terra, sobre o verdadeiro Reino de DEUS. Eles deveriam esperar a promessa do Pai reunidos em Jerusalém. Essa promessa era poder do alto. Seriam batizados pelo ESPÍRITO SANTO.
Então, tendo-lhes dado as últimas instruções, de permanecerem unidos em Jerusalém para aguardarem o recebimento do poder, Ele Se elevou rumo ao Céu, e numa nuvem desapareceu. Agora, era esperar o outro, o Consolador. Para que pudesse vir esse outro, deveriam estar perfeitamente unidos entre si, sem divisão alguma. Hoje é o mesmo: devemos alcançar perfeita unidade, em nossos lares e na igreja. Isso vai ocorrer por meio da reforma e reavivamento que está sendo conduzida pelo atual presidente mundial, Pr. Ted Wilson. A igreja adventista está, nesse momento, em igual situação à que estavam aqueles seguidores de CRISTO, durante os dez dias em que permaneceram em Jerusalém para receberem o poder do ESPÍRITO SANTO. Devemos nos tornar unidos num só propósito, concluir a pregação da mensagem ao mundo todo.
“Estes discípulos se prepararam para a obra. Antes do dia de Pentecoste se reuniram e tiraram dentre eles todas as desinteligências. Estavam de um mesmo sentimento. Acreditavam na promessa de Cristo, de que a bênção seria dada, e oravam com fé. Não pediam a bênção apenas para si; estavam preocupados com a responsabilidade quanto à salvação de almas. O evangelho devia ser levado até aos confins da Terra, e eles reclamavam a doação do poder que Cristo prometera. Foi então que o Espírito Santo foi derramado, e milhares se converteram num dia.
“Assim pode ser agora. Em vez das especulações dos homens, seja pregada a Palavra de Deus. Tirem os cristãos do meio deles as dissensões, e entreguem-se a si mesmos a Deus para salvação dos perdidos. Peçam a bênção com fé, e ela há de vir. O derramamento do Espírito, nos dias apostólicos, foi a "chuva temporã" (Joel 2:23), e glorioso foi o resultado. Mas a "chuva serôdia" será mais abundante” (O Desejado de Todas as Nações, 827).

  1. Segunda: A pregação da palavra
“"E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados." Atos 2:1 e 2.
“O Espírito veio sobre os discípulos, que expectantes oravam, com uma plenitude que alcançou cada coração. O Ser infinito revelou-Se em poder à Sua igreja. Era como se por séculos esta influência estivesse sendo reprimida, e agora o Céu se regozijasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da graça do Espírito. E sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas palavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou na contemplação da sabedoria do incomparável e incompreensível amor. Absortos em admiração, os apóstolos exclamaram: "Nisto está a caridade!" I João 4:10. Eles se apossaram do dom que lhes era repartido. E que se seguiu? A espada do Espírito, de novo afiada com poder e banhada nos relâmpagos do Céu, abriu caminho através da incredulidade. Milhares se converteram num dia.
“Disse Cristo a Seus discípulos: "Digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei." "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir." João 16:7 e 13.
“A ascensão de Cristo ao Céu foi, para Seus seguidores, um sinal de que estavam para receber a bênção prometida. Por ela deviam esperar antes de iniciarem a obra que lhes fora ordenada. Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor havia sido feita. De conformidade com Sua promessa, Jesus enviara do Céu o Espírito Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei, recebera todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo.
(...)
“"E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu." Atos 2:5. Durante a dispersão os judeus tinham sido espalhados por quase todas as partes do mundo habitado, e em seu exílio tinham aprendido a falar várias línguas. Muitos desses judeus estavam nessa ocasião em Jerusalém assistindo às festas religiosas que então se realizavam. Cada língua conhecida estava por eles representada. Esta diversidade de línguas teria sido um grande embaraço à proclamação do evangelho; Deus, portanto, de maneira miraculosa, supriu a deficiência dos apóstolos. O Espírito Santo fez por eles o que não teriam podido fazer por si mesmos em toda uma existência. Agora podiam proclamar as verdades do evangelho em toda parte, falando com perfeição a língua daqueles por quem trabalhavam. Este miraculoso dom era para o mundo uma forte evidência de que o trabalho deles levava o sinete do Céu. Daí por diante a linguagem dos discípulos era pura, simples e acurada, falassem eles no idioma materno ou numa língua estrangeira” (Atos dos Apóstolos, 37 a 40).

  1. Terça: Paulo no Areópago
Paulo chega a Atenas. E o que ele faz? Um reconhecimento da cidade, da cultura local, dos deuses e das formas de culto. O seu espírito o importunava, pois o que descobriu foi idolatria com deuses que nada podiam fazer. Ansiava ensinar aquelas pessoas. E foi o que começou a fazer. De boa eloquência, logo conquistou público de um povo que apreciava discursos. O seu assunto se espalhou, e foi a novidade na cidade. Vieram a ele alguns homens que gostavam de debates, o convidaram a lhes falar no Areópago, um local de debates públicos, de julgamentos, de reuniões para tratar dos assuntos da cidade.
Lá Paulo falou a filósofos. “A experiência do apóstolo Paulo ao defrontar-se com os filósofos de Atenas encerra uma lição para nós. Ao apresentar o evangelho no Areópago, Paulo enfrentou a lógica com a lógica, ciência com ciência, filosofia com filosofia. Os mais sábios de seus ouvintes ficaram atônitos e emudecidos. Suas palavras não podiam ser controvertidas. Pouco fruto, porém, produziu seu esforço. Poucos foram levados a aceitar o evangelho. Daí em diante Paulo adotou uma diversa maneira de trabalhar. Evitava os argumentos elaborados e as discussões de teorias e, em simplicidade, encaminhava homens e mulheres a Cristo como o Salvador dos pecadores” (A Ciência do Bom Viver, 214).
Ele havia falado de um DEUS desconhecido, que poderia ser qualquer outro que eles não conheciam, inclusive o Criador. Nisso Paulo foi sábio, e eles se interessaram em ouvi-lo. Mas Paulo não se deu bem por utilizar argumentos da cultura deles, bem poucos foram os conversos. Isso indica que, se nós decidimos trocar os argumentos simples, diretos mas poderosos da Bíblia, aos quais se associa o ESPÍRITO SANTO, podemos estar inventando métodos que não produzem bons resultados. Também Paulo foi muito cedo a assuntos que eles não queriam saber, como sobre a necessidade de arrependimento por causa do pecado e do juízo, e sobre a ressurreição. Eles não criam na morte, entendiam, desde há muito, da existência de uma alma imortal. Isso afastou o interesse da maioria dos atenienses em ouvir mais alguma coisa dele.
Nós, hoje, não precisamos inventar métodos humanos, muito menos copiar métodos do mundo. Para alcançar qualquer tipo de pessoa, o que necessitamos é do poder do ESPÍRITO SANTO. Devemos tão somente ser humildes e obedientes a DEUS, dando um bom testemunho de nossa fé, e o que falar DEUS suprirá. O que nos falta, ainda, é poder do alto.

  1. Quarta: Adoração “contrária à lei”
O ritual do santuário era importante? Sim! A lei era ou é importante? Sim! A profecia é importante? Sim! Participar dos cultos é importante? Sim! Fazer trabalho pela salvação de outros é importante? Sim!
Mas nada disso é o fim em si. Podemos ser cuidadosos em tudo isso, e mesmo assim, podemos estar afastados da salvação.
Se não estivermos andando com JESUS, como Enoque, podemos dedicar todo o nosso tempo à igreja, e perder a vida eterna, mesmo que pelo nosso esforço muitos sejam salvos.
No estudo de hoje esse é o assunto: fazer tudo certo e mesmo assim estar errado. Vamos ao ponto, para entender. Estamos justo nesses dias entrando no debate profundo sobre os Dez Mandamentos e sobre o sábado em relação ao domingo, quanto a santificação. Podemos ser em extremos zelosos em santificar o sábado, mas podemos, ao mesmo tempo, nos desqualificar para a vida eterna.
Está difícil de entender? Então vamos facilitar. Isso tudo são obras, a obediência também é obra. Ela não é a finalidade da vida de um cristão. A finalidade é a pessoa ser transformada pelo poder de DEUS. Portanto, o fim de todas aquelas obras é levar a pessoa a JESUS crucificado, e entregar-se a Ele. Se a pessoa não for a JESUS e não se entregar a Ele, pode fazer tudo o que a lei pede, e mesmo assim, vai se perder.
Foi o que aconteceu com aqueles judeus que acusavam Paulo. Eram zelosos quanto a lei, até aí, tudo correto. Mas não aceitavam a JESUS. O fim da Lei é JESUS, e até mesmo hoje, pode acontecer, de praticarmos muito bem os Dez Mandamentos, mas não conhecermos a JESUS.

  1. Quinta: O amor supera tudo
“Não vou mais à igreja porque lá tem muita coisa errada.” “Saí da igreja porque lá tem gente pior que no mundo.” “O pastor nunca me visitou.” “Conheço irmãos que dão mau testemunho, e alguns até não são confiáveis nos negócios.” E assim por diante. Essas afirmações são frequentes. E muitas vezes são verdadeiras. Contudo, existe um “MAS”
Onde está escrito na Bíblia que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é formada por gente perfeita? Onde DEUS exige que seus membros nunca cometam pecado algum?
Esta é uma igreja que foi constituída nesse mundo, num planeta cheio de problemas. Ela abriga pessoas que vieram desse mundo problemático. E uma das coisas que a igreja faz, por meio do ensinamento, é curar o mal dessas pessoas. Mas nem todas querem ser curadas, outras querem, e são curadas logo, e ainda outras, também querem, mas o tratamento é demorado. E as pessoas que não querem receber o bom tratamento, não devem, por isso, serem excluídas, exceto se o que fazem seja clamorosamente prejudicial à comunidade de crentes. Um dia DEUS irá julgar a todos. Até lá, todos devem ter oportunidade de arrependimento. Muitos, de fato, se arrependem.
Vamos ilustrar isso melhor. Utilizemos o que se passa numa escola, ou numa Universidade. Sou professor numa Universidade, no curso de Administração. Temos alunos excelentes, assim como aqueles que não estudam. Assim é na igreja, joio misturado com trigo. Mas não excluímos os alunos que não estudam. Eles até prejudicam aos demais, tendem a pressionar a qualidade para baixo. Mas ficam lá. Eles estão tendo oportunidades, em todas as aulas, de mudarem de atitude. Ao final de cada disciplina, há uma prova, a decisiva. E eles muitas vezes rodam, e perdem aquela disciplina. E nem por isso os expulsamos. Continuam tendo oportunidades.
O interessante é que alguns, poucos é verdade, se tocam de seu mau procedimento, e mudam. Existem casos assim. E estes se tornam também bons alunos. E como nós, professores, ficamos felizes quando isso acontece. Ficamos mais felizes do que a satisfação que nos dão aqueles que sempre foram bons alunos. Os relapsos que mudam geram uma satisfação do tipo: conseguimos tirar este do fracasso!
A maioria dos maus alunos continua assim, até o final do curso. E sabe o que acontece nesse final? Há um trabalho de conclusão, sem o qual, ele não recebe o diploma. Nesse momento, outros se tocam, e mudam de vida. Mais um momento de satisfação e realização profissional. Mas outros ainda continuam maus alunos. E sabe o que acontece com estes? Simples, eles não recebem o diploma, porque não conseguem fazer um bom trabalho de conclusão de curso. É incrível, mas perderam um curso que dura 5 anos. Morreram na praia, como se diz. Quase chegaram ao final, mas perderam tudo. Assim muitos dentro da igreja, estavam no caminho da salvação, chegaram perto, estavam quase salvos, mas, perderam tudo. Porém outros, que também eram relapsos, mudaram, e se salvaram.
Na igreja é parecido como na escola. No final, há um julgamento. Desde 1844 esse julgamento está em andamento. Um dia chegará o momento do julgamento dos vivos, que pertencem à igreja de CRISTO. Será perto do dia do fechamento da porta da graça. Então, aqueles que deram mau testemunho, saberão que por isso se perderam para todo o sempre.
O que acontecia na igreja de Corinto? O mesmo que acontece entre nós hoje. Por isso não devemos focar tanto nos que dão mau testemunho. Os corintos tinham dissensões, como nós. Eles tinham idolatria, como nós. Eles tinham o falso dom de línguas, esse não é o nosso caso. Eles eram afetados fortemente pela cultura do mundo, como nós também somos. Foi a uma igreja com esse tipo de problemas que Paulo escreveu, resumindo I Cor. 13, “o amor supera tudo”. Certamente havia naquela igreja pessoas boas, fiéis servos de DEUS. Assim também é hoje, há membros fiéis a DEUS. Assim como há o joio. Se quisermos nos salvar, devemos olhar para CRISTO, que foi trigo, e não para aqueles que ainda estão, hoje, tendo oportunidade de mudar de vida, mas estão resistindo, sendo ainda atraídos ao mundo. Devemos ser exemplo construtivo ao joio, e não ficar olhando demais para aqueles que dão mau testemunho, e nos escandalizar e sair da igreja. Vai que exatamente esse que foi a razão de nossa saída, mude de atitude, e se salve! E nós, depois no inferno, não o encontraremos, nem ele nos encontrará no Céu. Que situação irônica, não acha?
Assunto bom para se pensar bastante.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Para concluir o estudo dessa semana, a autora nos leva a uma reflexão sobre santidade. E o que é santidade, conforme a revelação profética? Nos nossos dias, muito se diz por aí que santidade é um estado de êxtase, quando supostamente o ESPÍRITO SANTO se apossa da pessoa e ela fica com uma atitude diferente por uns momentos. Até já acontece em algumas de nossas igrejas. Longe disso o conceito de santidade.
Na verdade santidade, ou ser santo, é algo que está ao alcance de todos nós, mesmo sendo pecadores. Um santo é aquele que decide separar-se do mundo e de suas atrações que não são edificantes para ao lado de DEUS, dedicar-se a uma vida de amor a DEUS e ao próximo. Esse irá ser transformado, cada dia um pouco, pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Portanto, é inteira entrega a DEUS, passando a fazer a Sua vontade. Assim sendo, cada dia vai sentir que algo está mudando em sua vida. Aquilo que sempre gostava, mas que era inconveniente a um cidadão ou a uma cidadã do Reino de DEUS, ela passa naturalmente a não gostar mais. Por exemplo, nesses últimos dias, cada vez mais membros de nossa igreja querem saber, afinal, o que há de errado em ir ao cinema. Esse é só um exemplo, dentre muitas outras coisas mais. Quem se entrega todos os dias a DEUS, e anda com Ele, deixa de fazer tal pergunta. Com o tempo, não só não sente mais atração por cinema, como até sente repulsa. Há alguém superior, infinitamente capaz e inteligente, que está participando da condução de sua vida. E assim, torna-se natural a essa pessoa não ter mais certos desejos que antes nem conseguia enfrentar. Coisas que antes degradavam a sua vida espiritual, depois, com o tempo, se tornam inofensivas. E a pessoa não precisa mais se cuidar para não fazer isso ou aquilo, ela perde o desejo, e esses atrativos deixam de ser atraentes. Assim a vida de um cristão se torna mais fácil. Há pessoas assim, sejam elas em idade madura e com experiência de vida, sejam jovens e cheias de impulsos por novidades, sejam adolescentes ainda sem referenciais suficientes para a direção da vida. Tais pessoas terão uma direção segura em tudo o que fizerem. DEUS sempre estará dirigindo a vida delas, e elas se tornarão firmes em princípios que não são naturais desse mundo aviltado.
Agora pense um pouco: há pessoas assim, que refletem a semelhança de CRISTO porque estão sendo recriadas pelo poder de DEUS em sua vida. Elas são ou não são santas?
Experimente; é bom viver assim. Entregue todos os dias a sua vida a DEUS, e vai ver como a vida é melhor.

escrito entre 10 a 16/08/2011
revisado em 17/08/2011
corrigido por Jair Bezerra



Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos. Entende que há servos sinceros e fiéis de DEUS em todas as igrejas que no final dos tempos se reunirão em um só povo e serão salvos por JESUS em Sua segunda vinda a este mundo.

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